Diocese de Juazeiro

Notícias da Diocese › 03/12/2018

Conselho Pastoral dos Pescadores realiza Seminário

O Conselho Pastoral dos Pescadores – CPP, em parceria com a Associação de Pescadores e Pescadores de Pedreiras e Colônia de Pescadores de Pilão Arcado, realizou nos dias 29 e 30 de novembro o Seminário Lagoas Marginais do Rio São Francisco. O evento aconteceu no auditório da Universidade do Estado da Bahia – UNEB em Juazeiro, e teve por objetivo desenvolver um processo de discussão e mobilização quanto a importância sócio ambiental e econômica das lagoas marginais, para recomposição dos estoques pesqueiros e sustentabilidade da pesca artesanal no Rio São Francisco.

O seminário contou com a participação de mais de 40 pessoas de Organizações de Pescadores e Pescadoras do Médio e Sub Médio São Francisco, Agentes da Pastoral dos Pescadores, Movimentos dos Pescadores e Pescadoras – MPP, da Comissão Pastoral da Terra, do Bispo Diocesano Dom Beto Breis, da Rede Territorial de Agroecologia do Sertão do São Francisco, Paróquia de Pilão Arcado, IBAMA, INEMA e Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Sobradinho e estudantes do curso de Extensão Rural da UNIVASF.

Durante o evento foi realizado diagnóstico dos problemas que ameaçam a existência dessas lagoas, a sustentabilidade da pesca artesanal, assim como o abastecimento humano e animal de diversas comunidades que dependem das mesmas. Dentre os principais problemas, foram destacados: o bombeamento para irrigação, a baixa vazão do Lago de Sobradinho e do Rio São Francisco, uso de agrotóxicos, poluição, cercas, pesca predatória, falta de fiscalização por parte dos órgãos ambientais, assim como a falta de consciência da população quanto a sua importância e necessidade de preservação.

Após reflexões, foram levantadas propostas de ações para conservação e recuperação das lagoas marginais e foi definida uma comissão para encaminhar essas questões.

As lagoas marginais são consideradas importantes meios que servem de berçário, proteção e abrigo para peixes, além de constituírem áreas de crescimento e recuperação de adultos. As enchentes funcionam como gatilho sincronizador para desova, e o pico da enchente, como finalizador do período reprodutivo (Vazzoler et al., 1997).

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